Barraco em Brasília e a necessidade de uma cultura mais madura na política
Teve treta na reunião sobre o Novo Ensino Médio na casa do Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara. Esta semana, o ministro da Educação, Camilo Santana, e o relator Mendonça Filho (União-PE) quase saíram no tapa. O deputado paraibano Damião Feliciano (União-PB) viu tudo.
Longe de ser um caso isolado (na Paraíba há listas de casos semelhantes, do destempero à violência de fato), o que ocorreu na capital federal evidencia um problema mais amplo na cultura política brasileira.
A falta de civilidade e respeito nas discussões políticas compromete a eficácia do processo legislativo e, de quebra, mina a confiança (que já anda baixa) da população nas instituições democráticas.
Em um momento em que o país enfrenta desafios educacionais significativos, é imperativo que os líderes políticos estejam à altura de seus cargos, buscando soluções por meio do diálogo em vez de recorrer à violência física.
Ainda: a ocorrência desse incidente em um local oficial, sob os olhares de testemunhas, coloca em xeque não apenas a postura dos envolvidos, mas também a capacidade de liderança e controle das autoridades responsáveis por garantir o bom funcionamento do Congresso Nacional.
Arthur Lira, como presidente da Câmara, (como qualquer outro dirigente de casas legislativas) tem a responsabilidade de manter a ordem e o decoro durante as discussões políticas.
O incidente só mostra a necessidade urgente da promoção de uma cultura mais madura na arena política, na qual o debate de ideias prevaleça sobre conflitos pessoais e a violência deixe de ser um opção.