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Operação Marielle: ex-bombeiro Suel é preso novamente em investigação do caso

Em nova operação que investiga a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa,  conhecido como Suel, foi preso novamente no Rio de Janeiro. Esta é a primeira operação realizada desde o início de 2023, quando a Polícia Federal assumiu a investigação dos homicídios e da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.

Em 2021, Suel havia sido condenado a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações, mas estava cumprindo a pena em regime aberto. Ele já tinha sido preso em junho de 2020 durante a Operação Submersos II e é réu no processo por homicídio e receptação, por ter recebido o carro utilizado no crime, de acordo com informações do Ministério Público e da Polícia Federal.

Segundo o MPRJ, Suel era o proprietário do carro que foi usado para esconder as armas encontradas em um apartamento de Ronnie Lessa, um dos acusados de ser um dos autores do assassinato e amigo de Suel. O ex-bombeiro também teria auxiliado no descarte das armas no mar.

A prisão de Suel ocorreu em sua residência no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste, e ele foi levado para a sede da Polícia Federal, na Zona Portuária. Essa é a mesma casa onde ele foi detido anteriormente. Um veículo do ex-bombeiro também foi apreendido.

Durante a revista no imóvel, equipes do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ estiveram presentes, contando com a supervisão do coordenador do grupo especializado, Fábio Corrêa.

Além da prisão de Suel, sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Grande Rio, tendo como alvos Denis Lessa, irmão de Ronnie Lessa, e outras pessoas.

A defesa de Suel, representada por Fabíola Garcia, afirmou que não teve acesso ao inquérito e foi surpreendida com a prisão do cliente. Ela destacou que precisa entender o motivo dessa prisão, já que não teve acesso às informações da investigação.

O caso Marielle completou 5 anos em 2023, e até o momento, muitas perguntas continuam sem respostas. Apenas a primeira fase do inquérito foi concluída pela Polícia Civil e pelo MP, resultando na prisão de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, ambos acusados de envolvimento no crime. Eles negam participação. Lessa já foi condenado por outros crimes, incluindo comércio e tráfico internacional de armas, obstrução de investigações e destruição de provas. O julgamento dos acusados ainda não tem data marcada e acontecerá pelo Tribunal do Júri.