Lula III: A Missão

Independentemente de amar ou odiar Lula (PT), você tem que reconhecer: ele é o maior fenômeno da política brasileira de todos os tempos. Sua origem pobre e nordestina, sua condição operária e as tragédias pessoais que enfrentou, além do ódio visceral que ele desperta nos integrantes da elite econômica e seus asseclas, não foram empecilhos para ele ser eleito presidente pela terceira vez.

Concluído um ano do seu terceiro governo, já é hora de fazermos um balanço dos seus feitos.

No campo social, houve a retomada de programas importantíssimos como Minha Casa Minha Vida e o Mais Médicos, de profundo impacto positivo nos setores mais pobres. O salário mínimo, que passará ao patamar de R$ 1.412, registra ganho real de poder aquisitivo. A taxa de desemprego é a menor desde 2014. E a inflação está controlada e dentro da meta.

Do ponto de vista econômico, o Brasil não virou uma Venezuela, como vaticinaram os arautos do caos. Os juros começaram a cair, apesar da resistência do “mercado”, essa entidade constituída por uma ínfima parcela da população formada por milionários que moram em Miami ou New York e detestam pagar impostos sob seus ganhos astronômicos.

A reforma tributária, discutida e postergada nos últimos 40 anos, finalmente foi aprovada. Sua implantação facilitará a criação de empregos e diminuirá significativamente os custos burocráticos das empresas. Para completar, foi confirmado o novo arcabouço fiscal e a tributação de fundos exclusivos e offshores, nebulosas formas de ganhos exclusivos daquela turma do uísque importado.

No quesito meio ambiente, tão agredido durante o malfadado governo Bolsonaro, houve avanços significativos. Milhares de garimpeiros foram retirados das reservas florestais e o desmatamento na Amazônia foi reduzido em 22% em 2023. Bom para o Brasil, bom para o futuro da humanidade.

O ano que termina marca o momento em que democracia brasileira sofreu seu maior ataque, desde o golpe de 1964. Insuflados pelo derrotado Bolsonaro, hostes de integrantes da extrema direita invadiram as sedes dos três poderes em Brasília e promoveram cenas violentas de vandalismo. O objetivo era um golpe de Estado. O dia 8 de janeiro de 2023 entrará para a história como o Dia da Infâmia.

Mesmo diante de tamanha ameaça, a democracia saiu fortalecida. Sob a reação imediata do presidente Lula, os setores democráticos se irmanaram na defesa das instituições e da vontade soberana do povo brasileiro. A minoria neofascista, que sonha com uma ditadura, foi isolada e sua tropa de choque está respondendo na justiça. Só faltam os líderes.

Feliz 2024! Nós merecemos!